Governo volta atrás na lei que libera cerveja nos jogos da copa
Aprovada
na semana passada por uma comissão especial da Câmara, a autorização
para a venda de bebida alcoólica nos estádios deve ser suprimida do
texto da Lei Geral da Copa, ainda pendente de votação no plenário.
Deve-se a informação ao líder do PMDB, Henrique Eduardo alves (RN). No twitter, o deputado informou que o Planalto lavou as mãos: “Governo declara a líderes da base [governista] que bebida nos estádios não tem seu patrocínio! É indiferente.”
Liberados daquilo que imaginavam ser um compromisso do Brasil com a
Fifa, os mandachuvas das bancadas decidiram, por assim dizer, chutar o
balde. Henrique anotou: “…Maioria dos líderes contra bebida nos jogos da Copa. PMDB também. Acabo de externar essa posição do partido.”
Analisam-se agora as alternativas que levam à supressão do artigo aprovado na comissão. Henrique esclareceu:
“Texto da bebida terá dois caminhos: relator [Vicente Cândido, do
PT-SP] reconsidera ou irá a voto no plenário. Relator deverá retirar.
Bebida, a meu ver, está fora.”
Para usar a expressão cara a Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa,
o recuo da Câmara significa uma espécie de “chute no traseiro” da
entidade que comanda o futebol mundial. Ou, por outra, a meia volta dos
deputados é um chute na caixa registradora.
A Fifa “exigiu” a liberação do álcool nos estádios porque está
amarrada a um contrato de patrocínio de uma cervejaria. Na comissão
especial, a concessão passou por margem relativamente apertada de votos:
15 a 9.
Afora o nariz torcido dos deputados que integram as bancadas
evangélica e da saúde, o comércio de bebida nos jogos é criticado pelo
Ministério Público. Hoje, leis estaduais proíbem a venda de álcool nos
estádios da maioria das unidades da federação.
Fonte: Josias de Souza
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